segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O Rio de Gabeira.

Gabeira


Ontem, dia de eleição, o Rio de Janeiro desperdiçou uma incrível oportunidade de transformação da cidade.
Gabeira é membro fundador do Partido Verde, participou da luta armada contra a ditadura militar, foi preso, exilado. Nos anos seguintes, Gabeira dedicou-se a uma intensa produção literária, construindo as primeiras análises críticas da luta armada e impulsionando no Brasil temas como as liberdades individuais e a ecologia.
Em 1986, candidatou-se ao governo do estado pelo PV (em coligação com o PT) e realizou uma campanha de características transformadoras. Revirou o debate político com temas como qualidade de vida, desenvolvimento sustentável, liberdades individuais (e coletivas), direitos das minorias e democratização das comunicações. Como parlamentar, é conhecido pela defesa do meio ambiente, das minorias e pela luta intransigente contra a corrupção.
Iniciou um movimento para derrubar o déspota presidente da câmara dos deputados, Severino Cavalcanti, participou como co-relator da CPI dos sanguessugas, entre tantas outras ações políticas e sociais.

Segundo a revista Veja, Gabeira é um "guerrilheiro da lucidez, a materialização das utopias possíveis".


E foi tudo isso que o carioca desperdiçou, em troca de um assistencialismo barato de um candidato que tem como aliados, o casal de ex-governadores Rosinha e Antony Garotinho, O deputado acusado de milícia Jorge Babu, e outros membros dessa escória.

Fé de que esse não tenha sido o momento certo do Gabeira, e que este ocorrerá em 2010.

Até lá vestirei a camisa verde, o verde da esperança.

Um fato curioso que eu presenciei. Uma mulher que eu conheço mantém um relacionamento secreto com um homem que é casado. Essa mesma mulher, as vésperas das eleições, enquanto conversávamos sobre isso, disse as seguintes palavras: "Eu não voto no Gabeira de jeito nenhum. Ele veio para destruir as famílias". Fiquei pensando em quanta hipocrisia havia por ali, afinal se havia alguém destruindo lares, esse alguém era ela ( e o tal cara).